Os nove mundos contidos
na Yggdrasil são:
Para entender um pouco sobre os mitos nórdicos
Mitologia nórdica
A mitologia nórdica se refere a um conjunto de crenças e lendas
dos povos escandinavos, incluindo aqueles que se estabeleceram na Islândia,
onde a maioria das fontes escritas para a mitologia nórdica foram construídas.
No início havia o Ginnungagap (Nada),
apenas um imenso vazio que se estendia de Niflheim até Muspell, as terras do
gelo e do fogo respectivamente. Até que Deus, aquele cujo nome é citado apenas
na criação e na destruição do Universo, respira e une calor e frio, formamdo a
neveque acaba se aglutinando no primeiro ser: Ymer, um gigante de gelo que deu
origem a outros, e juntos se alimentavam do leite da vaca Auðhumla. Essa vaca lambia o sal dos blocos
de gelo, e com isso acabou revelandouma nova raça, os Aesir. O primeiro deles
se chamava Buri, e teve um filho chamado Bos, que após se casar com a filha de
um do gigantes, teve três filhos: Odin, Vili e Vé
No
centro de Ginnungagap,
está a árvore Yggdrasil, banhada por uma nuvem de Hidromel, a bebida que mantem
os deuses a sua longevidade. Os galhos mais altos eram moradia do Galo de Ouro,
e logo abaixo há a águia Hraesvelg, que
produz o vento que sopra pelo mundo.
Conta-se que nas frutas de Yggdrasil
estão as respostas das grandes perguntas da humanidade. Por esse motivo ela
sempre é guardada por uma centúria de Valquírias, denominadas protetoras, e somente os
deuses podem visitá-la. Nas lendas nórdicas, dizia-se que as folhas de
Yggdrasil podiam trazer pessoas de volta a vida e apenas um de seus frutos, curaria
qualquer doença.
A terra dos Aesir é Asgard, governada
por Odin e sua esposa Frigga. É onde fica Valhalla, local de moradia dos
guerreiros vikings mortos em batalhas. Metade das almas passa seus dias
treinando em combates, formando o “Exército das almas vivas”. A outra metade
segue para Folkvang, palácio de Freya
Também nos galhos se encontra Vanaheimr (Lar dos Vanir), que são uma outra categoria de deuses, ligados à fertilidade, prosperidade, sabedoria e capacidade de ver o futuro (enquantos os Aesir são mais guerreiros e ligados à magia). Há muita rivalidade entre esses dois tipos de deuses.
Ainda no alto, temos Álfheimr, o Lar dos Elfos. É onde vivem os elfos luminosos, criaturas de beleza inenarrável. Brilhantes como o Sol, vestem-se de forma delicada e transparente. São amigos de homens e deuses.
Odin e seus irmãos usaram o corpo do gigante Ymir para criar Midgard, o mundo dos homens, situado em volta do tronco de Yggdrasil. A carne de Ymir se tornou a terra. O sangue formou lagos e oceanos. Dos ossos, formaram-se as montanhas. Seus dentes e fragmentos de ossos são as pedras. Os cabelos formaram árvores. O crânio de Ymer formou o céu, e foi sustentado no alto por 4 anões, chamados Norðri (Norte), Suðri (Sul), Austri (Leste) e Vestri (Oeste). Midgard está unida a Asgard por uma ponte em forma de arco-íris, chamada Bifröst. Construída pelos Aesir, era guardada pelo deus Heimdall, que nunca dormia.
Jötunheimr é a terra dos gigantes. Por causa da morte de Ymer, e seu sangue muito espesso, quase todos os gigantes e salvaram-se apenas Bergelmir e sua mulher, que fugiram num barco e chegaram à montanha de Jötunheim, onde fundaram uma cidade chamada Utgard, separada da terra dos homens pelo vasto oceano (que é protegido/circundado pela serpente Jörmungandr,
Muspelheim (Terra do fogo) é o lar dos demônios de fogo, liderados por Surtur.
Nas raízes de Yggdrasil está o mundo de Svartalfheim (Lar dos elfos escuros). Eles são a contraparte decadente dos elfos luminosos, e vivem no subterrâneo, pois o Sol pode transformá-los em pedra. Assim como os anões, os elfos escuros cresceram a partir das larvas da carne de Ymir, mas os anões vivem no subterrâneo de Midgard, em Nidavellir (os Campos escuros). Os elfos escuros são, freqüentemente, apontados como responsáveis por muitas das maldades que ocorrem à humanidade. Daí a palavra alemã para pesadelo: Albtraum (sonho de elfo).
Niflheimr (Terra das névoas) é um mundo de gelo eterno, onde vivem os anões e o reino dos Nibelungos. Baseado nessa mitologia, o compositor Richard Wagner não só compôs como escreveu a história de sua ópera O Anel do Nibelungo (Der Ring des Nibelungen). O centro desta história é um anel mágico, que foi forjado pelo anão Alberich (o Nibelungo do título), cuja posse garante poder sobre todo o mundo. Diversas personagens míticas lutam por 3 gerações pela posse do objeto, incluindo Wotan, o chefe dos deuses. É dito que as raízes mais profundas da árvore Yggdrasil estão enterradas em Niflheimr. Lá existe um dragão chamado Nidhogg, que guarda uma fonte mágica e fica roendo as raízes da árvore com o objetivo de a destruir, mas existem vários animais que distraem Nidhogg, e um deles é o esquilo Ratatosk. É ele que alimenta a troca de insultos entre Nidhogg e águia que fica no topo dos galhos de Yggdrasil.
Ironicamente é nas profundezas de Niflheimr (e não na Terra do fogo) onde fica a coisa mais próxima do inferno na mitologia nórdica: Helheimr (Lar de Hel). Guardado pelo gigantesco cão Garm, Helheimr é governado por Hel, deusa da morte, e é pra lá que as pessoas vão quando morrem sem glória, doentes ou com idade avançada, além de crianças e mulheres. Ao contrário do que sugere a associação com a palavra Hell (inferno) em inglês, em Helgardh não há senso de punição para os mortos. Helgardh é um mundo dentro de um mundo (de Niflheimr), o reino mais frio e baixo na ordem total do universo, abaixo da terceira raiz de Yggdrasil.
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